sábado, 24 de dezembro de 2011


Papel de imprensa agora é de interesse público na Argentina

Senado argentino transformou em lei o projeto que declara de interesse público a produção, comercialização e distribuição de papel para a imprensa. Aprovada com 41 votos contra 26, a nova lei quer assegurar a democratização do processo produtivo da pasta de celulose de papel e o acesso a ela para qualquer meio de comunicação escrito do país, grande ou pequeno, em igualdade de condições.

Após um ano e meio de debate, o Senado argentino transformou em lei o projeto que declara de interesse público a produção, comercialização e distribuição de papel para a imprensa. Aprovada com 41 votos contra 26, a nova lei quer assegurar a democratização do processo produtivo da pasta de celulose de papel e o acesso a ela para qualquer meio de comunicação escrito do país, grande ou pequeno, em igualdade de condições.

A nova legislação indica que a Papel Prensa, única fábrica de papel para jornais que existe na Argentina, deverá vender o produto para todos ao mesmo preço e garantir o acesso a todos os meios de comunicação impressos da Argentina. Um de seus artigos estabelece que a empresa “deverá operar a pleno sua capacidade de produção para atender a demanda interna de papel e apresentar a cada três anos um plano de investimentos para satisfazer a demanda interna por papel para impressão de jornais”. Caso contrário, o Estado intervirá e elevará sua participação na empresa.

A fiscalização do cumprimento da lei estará nas mãos de uma comissão bicameral de acompanhamento da fabricação, comercialização e distribuição da pasta de celulose e papel, integrada por 8 senadores e 8 deputados de diferentes blocos parlamentares. O Ministério da Economia será a autoridade de aplicação da normal e terá a tarefa de controlar o marco regulatório, contando com o assessoramento de uma Comissão Federal Assessora, integrada por um representante dos jornais de cada província, um das entidades consumidoras e 3 dos trabalhadores.

Essa lei é um triunfo do governo em uma das principais batalhas do kirchnerismo contra o monopólio comunicacional existente hoje na Argentina. Segundo o senador Aníbal Fernández, do total produzida pela empresa Papel Prensa, o Clarín e o La Nación utilizam 71% para atender suas necessidades e os 29% restantes se distribuem entre 168 outras publicações que pagavam até então um preço 15% maior pelo papel.

A história do Papel Prensa é complexa. Investigações afirmam que o grupo Clarín, por meio de seu diretor Héctor Magnetto, teria pressionado os antigos donos da empresa com o objetivo de conseguir um preço menor para o papel. Esta operação teria ocorrido durante a última ditadura militar.

Desde 2010, uma ação judicial investiga os supostos crimes contra a humanidade cometidos durante a aquisição das ações da empresa por parte do grupo Clarín. Esse caso é considerado como uma história de cumplicidade entre os grupos econômicos argentinos com a ditadura militar.

Hoje, o Grupo Clarín produz e comercializa vários canais de televisão aberta e por assinatura. Além disso, possui dezenas de empresas como editoras, emissoras de rádios, produtoras, provedores de internet, telecomunicações, gráficas, correio tradicional e serviços de terceirização.

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, sustentou que Clarín e La Nación estão fazendo um feroz ataque editorial contra a liberdade de acesso ao papel para todos os meios e, em última instância, contra a democracia. Para Boudou, esta lei “vai melhorar a qualidade da democracia, do jornalismo e vai contribuir para que haja mais vozes na imprensa escrita”. Essas empresas, por sua vez, atribuem ao projeto do governo a uma ofensiva contra os meios de comunicação contrários ao kirchnerismo.

O senador Fernández assinalou que o projeto do governo procura evitar a “concentração econômica”. Esse fato, indicou, tem consequências sérias na sociedade e, por isso, é imperioso que isso seja contido e ordenado por um Estado regulador participativo. Além disso, afirmou que na situação atual, “castiga-se o consumidor final e há um abuso da posição dominante”.

A presidenta da Comissão de Meios e Liberdade de Expressão do Senado, Liliana Fellner, assinalou que esta lei assegura a democracia e contem medidas vinculadas ao direito à liberdade de expressão e à pluralidade de vozes. Ela garante a todos os veículos de imprensa condições de igualdade em matéria de preços e quantidade, e o acesso ao insumo básico de que necessitam para produzir um jornal.

Os integrantes de Diarios y Periódicos de la República Argentina (DYPRA), destacaram a importância da sanção da lei que regula a produção de papel, que “estabelece igualdade e justiça após mais de 34 anos de manejo discricionário no fornecimento do insumo”. “Durante anos os editores de todo o país que não estavam enquadrados dentro dos moldes estabelecidos por Papel Prensa S.A, peticionaram incansavelmente a diferentes governos e à própria fábrica de papel para que esta garantisse o acesso a esse insumo vital”, assinala o comunicado da entidade.

Tradução: Katarina Peixoto

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cristina Kirchner toma posse para segundo mandato na Argentina (Postado por Lucas Pinheiro)

A presidente argentina, Cristina Kirchner, tomou posse neste sábado (10) para o segundo mandato, até 2015, durante uma cerimônia no Congresso Nacional.

Ao prestar juramento, a presidente argentina recordou o falecido marido e antecessor, Néstor Kirchner (2003-2007), com a frase "Que Deus, a pátria e ele me demandem", caso não cumpra as expectativas do mandato.

A presidente, de 58 anos, vestida de luto rigoroso mais de um ano depois da morte de Néstor Kirchner, recebeu a faixa presidencial das mãos da filha Florencia, em meio aos gritos e aplausos dos congressistas e partidários presentes no Congresso.

Os presidentes do Uruguai, José Mujica, e do Paraguai, Fernando Lugo, chegaram neste sábado à capital argentina, onde já estavam seus pares do Brasil, Dilma Rousseff, e da Bolívia, Evo Morales, para a cerimônia de posse.

Cristina Kirchner citou em seu discurso ter visto uma foto da presidente brasileira Dilma Rousseff presa durante a ditadura militar no Brasil. Ela destacou que hoje, Dilma que há três décadas estava presa, está sentada na cadeira presidencial de um dos países mais importantes do mundo.

Os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez; Colômbia, Juan Manuel Santos; Peru, Ollanta Humala; e Equador, Rafael Correa; cancelaram por diferentes motivos suas viagens.

Kirchner, de 58 anos, inicia o mandato com a popularidade em alta, depois de reeleita para mais quatro anos com 54,11% dos votos, no dia 23 de outubro passado.

Um forte esquema de segurança foi montado em torno do Congresso Nacional e das ruas que o separam da histórica Plaza de Mayo, trajeto que a presidente percorrerá de carro, depois da cerimônia.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Argentina terá sua primeira escola de samba em 2012 (Postado por Erick Oliveira)

A Argentina terá a sua primeira escola de samba em 2012. A agremiação fundada e formada por argentinos vai desfilar na cidade de San Luis, na região central do país. De uns anos para cá também aumentou o número de sambistas do Rio de Janeiro que cruzam as fronteiras para mostrar o nosso carnaval.
A porta-bandeira Lucinha Nobre, da Portela, avisa antes de embarcar:

“Eu vou na companhia e explico, gente esta é a bandeira da Portela, pelo amor de Deus. Eu abro, mostro e rezo para dar tudo certo”, falou.
Todo ano, depois de encantar o sambódromo, Lucinha e o mestre-sala Rogerinho embarcam para Europa e passam por Suíça, França, Polônia e Alemanha. Todos esses países já viram de perto nosso carnaval. “A gente faz vários eventos que já estão no calendário internacional. Este ano eu fui quatro vezes para Europa, o Rogério também. Chamou a gente está indo”, completou ela.
Nos Estados Unidos, o gingado que encanta é o de Carlinhos do Pandeiro. Ele ganhou fama cedo na Mangueira e decidiu viajar. Parou nos Estados Unidos, onde faz shows, compõe trilhas sonoras e dá aulas de percussão. Este ano ele recebeu o National Heritage Fellow, um reconhecimento do governo americano pela sua arte.
Sambista lavrador
Aos 70 anos, o sambista diz ter uma missão. “Eu me considero um lavrador, porque saio semeando a semente da música popular brasileira pelo mundo”, completou Carlinhos.
A arte de transformar um amontoado de ferro em alegorias, contando uma história, é brasileira. E já há alguns anos, um projeto ensina as técnicas do carnaval carioca para os nosso vizinhos da Argentina.
Há três anos, ônibus saem do Rio levando mil integrantes de escolas de samba para San Luis, no centro-oeste argentino. São exibições e aulas, de como montar uma fantasia, uma alegoria e como tocar.
“Enquanto a gente está tocando, eles ficam olhando e prestam muito atenção, aí quando a gente vai ver eles já estão querendo pegar os instrumentos para tocar junto com a gente”, falou um sambista.
A música também passa por uma pequena adaptação. Muitos desses professores nunca haviam saído do Rio e no final, a gente fica sem saber se eles mais ensinam ou aprendem: “Você está saindo daqui, do teu país, do Brasil para representá-lo lá fora, para dar aula e vê o trabalho dando certo, você fica até emocionado com isso”, falou um integrante da bateria.

domingo, 23 de outubro de 2011

Argentinos vão às urnas em eleição marcada por favoritismo de Cristina

Presidente venceu eleições primárias, em agosto, com 50,4% dos votos.

Opositores buscam 2º lugar e limitar bancada governista no Congresso.

Amauri ArraisDo G1, em Buenos Aires

header eleições argentina novo (Foto: Arte G1)
Quase 29 milhões de argentinos vão às urnas neste domingo (23) para escolher um novo presidente numa eleição com poucas expectativas em relação ao resultado: todas as pesquisas de intenção de voto apontam a reeleição da atual mandatária, Cristina Kirchner, ainda no primeiro turno.

A primeira mulher eleita presidente no país já havia vencido as inéditas reeleições primárias realizadas no país em 14 de agosto, com 50,4% dos votos, 38 pontos à frente do deputado Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical, o segundo mais votado.

Sem nenhum ato público realizado desde então, a presidente encerrou sua campanha na última quarta em Buenos Aires, um dia antes do permitido pela lei, em um teatro fechado apenas para convidados.
Argentinos vão às urnas em eleição marcada por favoritismo de Cristina. (Foto: Editoria de Arte/G1)
Cercada de militantes peronistas, a presidente repetiu em um discurso emocionado alguns dos temas que analistas apontam como chave da campanha vitoriosa. Mencionou várias vezes o marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto há um ano; citou números da recuperação da economia; conclamou para um governo de união, estendo a mão a sindicalistas e ruralistas, setores com os quais teve enfrentamentos durante o mandato.

Cristina também dividiu o palco com beneficiados pelos programas sociais do governo, outro trunfo da campanha kirchnerista apontado por analistas, em meio a uma inflação que o órgão do governo, Indec, afirma ser de 10%, mas que consultorias independentes avaliam em 25% ao ano.

OposiçãoSem muitas perspectivas, os principais candidatos da oposição disputam o segundo lugar e passaram a mirar o Legislativo, na tentativa de limitar o poder da presidente de aprovar leis ou mudar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato –como fez seu marido Kirchner quando era governador da província de Santa Cruz.

Em sua última propaganda eleitoral na TV, Ricardo Alfonsín, que é neto do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989), chegou a admitir que Cristina provavelmente será reeleita e disse à presidente que não permitirá que haja mudanças na Constituição.

Já o socialista Hermes Binner, uma das únicas surpresas desta campanha por ter chegado ao segundo lugar na corrida, segundo as pesquisas, afirmou que vai “se opor” a uma eventual iniciativa de reformar a Constituição, que classificou como “imoral”.

SegurançaOs argentinos também vão votar para governador em 9 das 24 províncias e renovar um metade da Câmara (130 deputados ) e um terço do Senado (24 senadores).

Um total de 87.646 homens das três Forças Armadas e polícia foram mobilizados para fazer a segurança durante o dia de votação, segundo a Direção Nacional Eleitoral, órgão do Ministério do Interior responsável pela eleição.

A segurança preocupa as autoridades argentinas diante do número de casos de violência registrados na última semana de campanha. Nesta quinta, um candidato a prefeito pela União Cívica Radical em Caleta Olivia, na província de Santa Cruz, denunciou um ataque a tiros a sua casa. Em Ingienero Juárez, Formosa, outro candidato a prefeito, o socialista Carlos Maldonato, foi agredido por um grupo de pessoas.


Na quinta, grupos de militantes que distribuíam material de campanha da União para o Desenvolvimento Social e da Frente Amplo Progressista sofreram ataques nas cidades de Esteban Escheverría e Mar del Plata, respectivamente.


ExpectativaSem muitas expectativas com relação ao resultado das urnas, os principais candidatos reduziram os atos programados durante a campanha às eleições primárias. Cristina Kirchner viajou com a família a Río Gallegos, seu reduto político, onde deve votar na manhã deste domingo antes de retornar a Buenos Aires, onde aguardará a apuração.


O socialista também viajou a Rosario, onde deve votar nesta manhã. Já Ricardo Alfonsín votará em Chascomús, sua cidade natal, e deve acompanhar a apuração no seu escritório, no centro de Buenos Aires.


As urnas ficarão abertas das 8h às 18h. Os primeiros resultados serão divulgados às 21h locais (22h de Brasília). O presidente eleito deve tomar posse no dia 10 de dezembro.

sábado, 22 de outubro de 2011

Processo eleitoral na Argentina lembra o do Brasil dos anos 1950 (Postado por Erick Oliveira)

"Cortá la boleta." A frase repetida à exaustão pela propaganda da oposição na Argentina tem pouco sentido para os brasileiros. “Corte a cédula”, como pode ser traduzida, revela uma das muitas diferenças entre os sistemas eleitorais dos dois países: o uso de cédulas de votação dos próprios partidos, que no Brasil foi abolido nos anos 1950.

Neste domingo (23), quando quase 29 milhões de argentinos vão às urnas para escolher o próximo presidente, renovar parte do Congresso e os governadores de nove estados, eles poderão optar por levar a sua própria cédula de casa ou usar as que estarão disponíveis na “sala escura”, como é chamado o local de votação.
Se decidir votar em candidatos de diferentes partidos e alianças para os cargos em disputa, o eleitor deverá cortar as cédulas, que já vêm confeccionadas com uma linha tracejada. O voto é então depositado num envelope e depositado na urna.
Num pleito em que a reeleição da presidente Cristina Kirchner é dada como certa, a oposição busca dividir os votos e eleger mais candidatos no Congresso, limitando os poderes da mandatária para aprovar leis ou mudar a Constituição para se perpetuar no poder- como fez seu marido e ex-presidente Néstor Kirchner, morto há um ano, quando governou o estado de Santa Cruz.Listas e partidosEsta não é a única diferença que chama a atenção na eleição argentina em relação ao Brasil. As cédulas apresentam listas fechadas, escolhidas pelos partidos. Um mesmo partido pode apresentar diferentes listas, que são numeradas. É comum ver candidatos pedindo votos para a lista 156 ou 320, por exemplo.

Diferentemente do Brasil, onde PT e PSDB costumam polarizar as disputas presidenciais e em quase todos os estados, na Argentina há ainda o peronismo, principal força política do país, que abriga diferentes tendências.

Sob o mesmo peronismo, mas por alianças e correntes diferentes, concorrem a presidente Cristina Kirchner, o ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003) e o governador da província de San Luis, Alberto Rodríguez Saá.

“O PT também tem diferentes grupos de esquerda que convivem, mas nos momentos cruciais, a direção do partido dá a diretriz e acabou. No peronismo, não existe isso”, compara o professor de Relações Internacionais da Uerj e da Universidade de Rosario, Williams Gonçalves.

Para ele, a política “intraperonista” é mais importante do que aquela travada com os demais partidos na Argentina.Propaganda eleitoralNa Argentina também não há Justiça Eleitoral, e a campanha é realizada pela Direção Nacional Eleitoral, um órgão que pertence ao Ministério do Interior. Anúncios governamentais e solenidades públicas são vedados 15 dias antes das eleições, mas a presidente continou a participar de atos privados do governo em plena campanha.

Ao contrário do Brasil, os ocupantes de cargo público também não precisam se desvincular para concorrer. Assim como Cristina, o candidato a vice Amado Boudou, ministro da Economia, e o oposicionista Hermes Binner, apontado como o segundo lugar nas pesquisas e prefeito da província de Santa Fé, continuam despachando em seus gabinetes durante a campanha.

A propaganda partidária também é vista facilmente em repartições públicas e prédios oficiais, inclusive a Casa Rosada, sede do governo argentino.

ApuraçãoPara ganhar a eleição, os candidatos à Presidência deverão obter 45% dos votos válidos, ou 40% com 10% de diferença em relação ao segundo mais votado.

A votação começa às 8h e deverá terminar às 18h em todo o país. A Direção Nacional Eleitoral prevê que os primeiros resultados oficiais comecem a ser divulgados por volta das 21h (22h de Brasília). O novo presidente deve tomar posse em 10 de dezembro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cristina Kirchner aposta em jovens para obter reeleição na Argentina (Postado por Lucas Pinheiro)

Apontada como favorita em todas as pesquisas das eleições na Argentina, com as intenções de voto apontando uma vitória já no primeiro turno, a atual presidente do país, Cristina Kirchner, pode renovar por mais quatro anos o mandato no governo do peronismo, principal força política argentina, no poder desde 2003.

Cristina enfrentará as urnas pela primeira vez sem o marido e principal fiador político, o ex-presidente Néstor Kircher, morto em outubro. Kirchner era apontado como o provável candidato do partido. A votação ocorre neste domingo (23).

Passada a comoção com a morte do líder peronista –que impulsionou a popularidade da presidente- Cristina demonstrou força ao comandar uma reestruturação da Frente para a Vitória (FPV, a chapa governista que reúne peronistas e aliados), apostando em jovens com idade entre 25 e 35 anos nas listas para as eleições primárias.

O avanço dos “jovens kirchneristas” ou “juventude k” provocou críticas e deixou à margem vários aliados do governo, como o chefe da principal central trabalhadora do país, a CGT, Hugo Moyano, que chegou a ser cogitado como candidato e provocou a renúncia de um candidato a governador da base aliada, o senador Carlos Verna.

Apoiada na popularidade e nos bons índices de crescimento econômico (a despeito da inflação alta), Cristina ironiza. “Passei de títere do comando duplo [em referência às críticas de que não governava sem o marido] a uma deprimida crônica e agora sou uma autoritária cortadora de cabeças de candidatos utópicos”, disse durante a campanha.

Primárias
Sem sofrer aparentemente os efeitos da rebeldia em sua base, Cristina acabou obtendo mais da metade dos votos nas inéditas eleições primárias realizadas em agosto. Criada para determinar os candidatos de cada partido nas eleições para presidente, governador e Congresso, a votação acabou funcionando como um ensaio das eleições presidenciais deste domingo (23).

A presidente ficou quase 40 pontos percentuais à frente do segundo colocado, Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical, o que desanimou a já combalida oposição. "É improvável, se não impossível [vencer a candidata]. O objetivo [nas eleições] é ficar como a principal força da oposição", admitiu o deputado federal, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989) ao jornal argentino “Perfil”.

Além de Alfonsín, Cristina enfrentará nas urnas um conjunto de peronistas dissidentes, candidatos de centro-direita e esquerdistas, que não conseguiram formar um nome de peso na oposição.

O governador socialista da província de Santa Fé, Hermes Binner, aparece em segundo lugar na disputa, segundo as últimas pesquisas. Além dele e de Alfonsín, o ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003), candidato por uma fração dissidente do peronismo; a liberal cristã Elisa Carrió, que foi derrotada por Cristina no primeiro turno na eleição passada e o governador da província de San Luis, Alberto Rodríguez Saá, outro ex-dissidente peronista, estão na corrida.

‘Maior que o peronismo’
Para o professor de ciência política da Universidade de Buenos Aires (UBA), Martín D’Alessandro, a previsão de uma cômoda reeleição para a presidente se deve a votos heterogêneos, com diferentes motivações, entre as quais cita “a boa recepção de algumas políticas públicas’, o forte “aparato de propaganda e publicidade oficial”, a “empatia com a viuvez” e até mesmo “um voto resignado devido aos erros da oposição”.

O professor de relações internacionais Williams Gonçalves vê no legado deixado pelo marido uma fonte de apoio a Cristina. “A Argentina passou por uma situação terrível no início dos anos 2000, com a crise do modelo neoliberal imposto pelo governo Carlos Menem [1989-1999]. A partir de Kirchner, inicia essa politica direcionada para promoção do desenvolvimento e industrialização. Essa é a razão fundamental porque ela deve se reeleger.”

Ao avanço da economia e os programas de distribuição de renda, o sociólogo argentino Hugo Lovizolo acrescenta o “carisma” da presidente. “Talvez a morte do marido tenha reforçado esse carisma. Ao mesmo tempo que [Cristina] salientou o impacto [da morte], ela se manteve no seu papel de presidenta. Houve um fenômeno semelhante ao que no Brasil se dizia sobre Lula ser maior que o PT. Cristina hoje é maior que o peronismo.”

Primeira presidente mulher eleita
Cristina Fernandes Kirchner, de 58 anos, se consagrou como a primeira presidente mulher eleita da Argentina ao vencer no primeiro turno, com 45,29% dos votos, as eleições de 28 de outubro de 2007.

Advogada, ela iniciou sua militância política em sua La Plata natal, na Frente de Agrupamentos Eva Perón, que se uniria a outros grupos militantes para formar a Juventude Universitária Peronista.

Nesta época, conheceu seu companheiro de toda vida, Néstor Kirchner, com quem se casou em 1975. Após o golpe de Estado de 1976, os dois se mudaram para a cidade natal de Kirchner, Río Gallegos, que se tornaria o principal reduto político do casal. Lá tiveram os dois filhos, Máximo e Florencia.

Foi eleita pela primeira vez como deputada estadual em 1989, sendo reeleita em 1993 e 1995. Em 1995 ingressou no Senado, cargo ao qual renunciou para ser eleita deputada em 1997. Em 2001 foi eleita novamente senadora. Quatro anos depois foi eleita para o terceiro mandato de senadora pela Provincia de Buenos Aires, pela Frente para a Vitória.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Explosão misteriosa mata mulher e destrói casas e carros na Argentina (Postado por Erick Oliveira)

Uma mulher morreu e outras nove pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira (26) em uma explosão misteriosa que destruiu duas casas e um refeitório infantil, a cerca de 30 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires, capital da Argentina, segundo as autoridades.
A vítima seria Silvia Espinoza, uma peruana de 43 anos. Ela estava no local visitando parentes.
Pelo menos quatro carros foram destruídos. As casas ficaram em escombros, como num cenário de guera. A explosão destruiu muitos vidros nas casas próximas, na localidade de Esteban Echeverría.
Testemunhas afirmaram que uma "bola de fogo" caída do céu atingiu o local.
"Os vizinhos falam de um objeto caído do céu. Mas não é sério especular", disse à TV Guillermo Pérez, comanmdante dos bombeiros.
O prefeito da localidade, Fernando Gray, disse que a explosão causou comoção, mas que os peritos ainda estão determinando suas causas.
Mariano Ribas, coordenador de Astronomia do Planetário de Buenos Aires, disse que a queda de um meteorito ou de lixo espacial é uma hipótese, mas que o caso ainda é um mistério.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tremor de terra na Argentina é sentido no Paraná, diz observatório (Postado por Erick Oliveira)

Um tremor de terra foi sentido por moradores de Cascavel e Maringá, no interior do Paraná, por volta das 11h desta sexta-feira (2). De acordo com informações do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, o abalo sísmico foi de 6,4 graus de magnitude na escala Richter e o epicentro foi à 600 km de profundidade na província de Santiago del Estero, no Norte da Argentina. O registro oficial é das 10h50.
O chefe do Observatório, Lucas Barros, explicou ao G1 que o abalo sísmico de grande profundidade tem baixa intensidade na superfície. Contudo, gera ondas que viajam a longas distâncias. “Isso causa pequenas vibrações principalmente em locais mais altos, como prédios. As extremidades, os andares superiores de edifícios altos, podem oscilar com maior amplitude”, explicou. Segundo Barros, há relatos de moradores de Goiânia (GO) que também sentiram o tremor.
"O tremor é sentido no Paraná porque o terreno é de bacia sedimentar e nesses locais os prédios balançam", contou o professor de sismologia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Professora argentina apela por 'morte digna' da filha de dois anos (Postado por Erick Oliveira)

Uma professora argentina fez um apelo para que sua filha de 2 anos de idade, em estado vegetativo desde que nasceu, possa ter uma "morte digna".
Selva Herbón, 37 anos, afirma que sua filha Camila, de dois anos e três meses, está em um estado vegetativo permanente desde que nasceu. Durante o parto, Camila ficou um período sem receber oxigênio, o que pode ter provocado danos cerebrais.
A professora enviou uma carta na semana passada aos deputados do país pedindo a aprovação de projeto de lei que permita "a morte digna" de Camila.
Herbón escreveu que a situação da menina é 'irrecuperável e irreversível', mas que existe um "vazio legal" na legislação atual que impede a retirada dos aparelhos que a mantém viva.
Na carta, a mãe diz ainda que especialistas de quatro lugares deram parecer favorável a 'limitar o esforço terapêutico e retirar o suporte vital' da criança.
Ela diz, porém, que nenhum médico quer se arriscar a desligar os aparelhos, já que o fato, com as leis atuais, seria definido como "homicídio".
Selva e seu marido, Carlos, são pais também de uma menina de 8 anos, saudável.
"Na minha condição de mãe, eu lhes suplico, a partir do meu caso e de muitos outros, que seja aberto o debate (no Parlamento)", afirmou na carta.
Sem visitas
Em entrevista à BBC Brasil, a professora disse ter certeza de que a 'morte digna' é o melhor para Camila.
"Na minha concepção de mãe, ela não tem vida digna. Camila não vê, não escuta, não chora, não sorri. Eu e meu marido não queremos que ela tenha uma vida mantida de modo artificial", disse.
A professora contou que o marido e a filha já não visitam a menina, internada no hospital Centro Gallego, da capital argentina, porque não suportam ver 'a criança crescer, mas sem sentir nada'.
"Conversei com um especialista da Universidade Católica Argentina (UCA) que me disse que é possível desligar, legalmente, os aparelhos desde que se comprove que ela tem morte cerebral. Vamos tentar conseguir um médico que confirme este fato", disse.
Questionada se o desligamento dos respiradores artificiais significaria eutanásia, ela respondeu: "Eutanásia quer dizer 'boa morte'".
Selva afirma que recebeu, nesta quarta, um diploma por um curso virtual de bioética que estudou durante quatro meses.
"Eu quis estudar para entender melhor o que estou defendendo para minha filha", disse.
Segundo ela, outros pais "podem preferir ter um filho nestas condições, para poder acariciá-lo todos os dias".
"Mas não é o que entendo como vida para minha filha", afirmou.
Especialistas
O apelo de Selva Herbón foi destaque nos jornais Clarin e La Nación, os principais da Argentina, e gerou entre especialistas manifestações pró e contra o pedido da mãe.
"Uma pessoa em estado vegetativo persistente pode permanecer assim entre oito e dez anos. Mas a maior quantidade de informação disponível hoje é em relação aos adultos. Por isso, se busca o consenso (sobre a morte digna) em cada caso", disse o presidente da Associação Cérebro Vascular Argentina, Conrado Estol.
A coordenadora do Comitê de Bioética do Incucai (Instituto Nacional Central Único de Doações e Transplantes), Beatriz Firmenich, disse que a menina "já não deveria estar viva".
Mas o diretor do Departamento de Bioética da Universidade Austral, Carlos Pineda, é contra o desligamento dos aparelhos. "É um ser humano que merece ser respeitado. Mas sua família não a considera um ser humano, e por isso pede que ela seja morta", disse Pineda.
O deputado Miguel Bonasso, do partido Diálogo por Buenos Aires, disse que o debate deve ser aberto, e por isso recentemente apresentou um projeto de lei no Congresso que possibilita "a autonomia dos pacientes e o respeito à sua vontade".
Seus assessores disseram, porém, que o texto foi pensado para adultos, e não para crianças, e por isso o debate é a melhor saída. De acordo com a imprensa local, outros oito projetos semelhantes estão no Congresso.
Para o assessor de Bioética da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, Juan Carlos Tealdi, o estado da menina é "irreversível" mas, na sua opinião, os médicos "têm medo de ser processados" pela Justiça.
Na Argentina, duas províncias, Neuquén e Rio Negro, sancionaram recentemente leis que legalizam a "morte digna".

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cristina Kirchner obtém vitória expressiva nas eleições primárias da Argentina

Agência BrasilRenata Giraldi
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner (Frente para a Vitória), obteve vitória expressiva nas eleições primárias realizadas ontem (14) no país, confirmando seu favoritismo para a eleição presidencial em 23 de outubro. O segundo colocado foi o deputado Ricardo Alfonsín (União Cívica Radical, a UCR), enquanto o terceiro lugar ficou com o ex-presidente Eduardo Duhalde (União Popular).

As eleições primárias funcionam como uma espécie de termômetro para as eleições de outubro. Para vencer no primeiro turno, o candidato deve receber mais de 40% dos votos e 10% de diferença para o segundo colocado. O primeiro turno das eleições será no dia 23 de outubro, enquanto o segundo ocorrerá em 10 de dezembro.

Dos dez candidatos que participaram das primárias para a Presidência, três não conseguiram a votação mínima exigida de 1,5% e não disputarão o primeiro turno da eleição presidencial. Paralelamente, cerca de 29 milhões de eleitores foram às urnas para escolher candidatos a governador, senador e deputado.

Para os analistas políticos, os resultados mostraram a debilidade da oposição - fragmentada - no cenário político argentino. "Ou a oposição se reorganiza e apresenta uma proposta mais atraente ou repetirá a derrota na eleição presidencial", disse Rosendo Fraga, do Instituto Poliarquía.

"A oposição não tem um líder e a eleição de Cristina foi contundente. Difícil que este resultado mude na presidencial", acrescentou Mariel Fornoni, da Management & Fit. Para Fornoni e para Fraga, a estabilidade econômica combinada com forte crescimento (cerca de 8%) foi decisiva para o resultado das urnas.

Foi a primeira vez que a Argentina votou em eleições primárias que definirão os candidatos para as eleições presidenciais de outubro. Os eleitores votaram em listas de pré-candidatos à Presidência e vice, deputados de províncias e na capital, Buenos Aires, e senadores em Buenos Aires, Formosa, Jujuy, La Rioja, Misiones, San Juan, San Luis e Santa Cruz.

Emocionada, Cristina Kircher compartilhou o palco com a filha, Florência, e com seu candidato a vice, o ministro da Economia, Amado Boudou. Os seguidores da presidenta ergueram bandeiras, bateram tambores e cantaram a tradicional marcha peronista – ligada ao movimento político fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón, nos anos 40.
 
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Presidente da Argentina chega ao Planalto para encontro com Dilma (Postado por Erick Oliveira)

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou por volta de 11h40 desta sexta-feira (29) ao Palácio do Planalto para o encontro com a presidente Dilma Rousseff. A conversa reservada entre as presidentes é o primeiro compromisso de uma extensa agenda que inclui almoço no Palácio do Itamaraty e inauguração da nova sede da embaixada argentina na capital federal.
A Argentina foi o primeiro país visitado por Dilma após assumir a Presidência da República. O encontro ocorreu em 31 de janeiro e marcou a primeira conversa bilateral entre as duas presidentes.
Durante a passagem de Cristina por Brasília, questões comerciais entre Brasil e Argentina, como as barreiras argentinas a produtos brasileiros, ficarão em segundo plano. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Dilma e Cristina irão conversar mais sobre as relações diplomáticas entre os dois países.
“Questões comerciais encontram-se nos seus canais habituais já consolidados no diálogo que mantém o ministro [do Desenvolvimento] Fernando Pimentel com a ministra [da Indústria da Argentina] Débora Giorgi”, disse Patriota.
Patriota minimizou atritos comerciais entre Brasil e Argentina. “Quando você tem uma relação comercial intensa, é natural que surjam situações que exigem atenção. É assim que acontece com qualquer relacionamento comercial bilateral da importância desta importância que temos com a Argentina”, disse o ministro.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. Em 2010, o comércio entre as duas nações chegou a US$ 33 bilhões. O comércio de bens industrializados representa mais de 80% do intercâmbio. Na primeira metade de 2011, o volume do comércio cresceu 27% em relação a igual período de 2010, segundo dados do governo brasileiro.
Além do encontro reservado no Planalto, estão previstas uma declaração à imprensa e um almoço. No encontro, será instalado o Conselho Empresarial Brasil-Argentina, criado por ocasião da visita de Dilma à Argentina, em janeiro. O Conselho tem a missão de aproximar as comunidades de negócios dos dois países para debater questões como competitividade, desenvolvimento científico e tecnológico e estratégias comuns de inserção nos mercados internacionais.
Dilma e Cristina participaram juntas nesta quinta-feira (28) dos eventos de posse do presidente do Peru, Ollanta Humala, em Lima. No encontro bilateral no Brasil, não há previsão de assinatura de acordos entre as duas chefes de Estado.
Segundo o Itamaraty, será divulgado apenas um comunicado conjunto semelhante ao adotado na visita de Buenos Aires, que deve incluir uma avaliação dos passos tomados em uma série de áreas de cooperação bilateral, como espacial, nuclear, financeira e coordenação dentro do G20 – grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo.
À tarde, Cristina inaugura a nova sede da embaixada argentina em Brasília. O evento terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a presidente Dilma não confirmou a participação.

domingo, 17 de julho de 2011

Em clássico dramático, Uruguai elimina Argentina nos pênaltis

Foto: Getty Images/Divulgação JA
Em clássico dramático, Uruguai elimina Argentina nos pênaltis
Muslera defendeu pênalti cobrado por Carlitos Tevez
Honrando as tradições de Argentina x Uruguai, o clássico mais antigo e mais comum na Copa América, os vizinhos do rio da Prata fizeram hoje um duelo viril e tenso, que terminou pior para os anfitriões argentinos. Em uma noite em Santa Fé na qual Messi mostrou seu talento, foi caçado, cansou e perdeu gol no fim, o Uruguai venceu a Argentina nos pênaltis por 5 a 4 após empate por 1 a 1 e vai encarar o Peru.

Só no primeiro tempo, foram cinco cartões amarelos, quatro para o Uruguai, dois deles para o volante Diego Pérez, que abriu o placar logo aos 5min e foi expulso faltando sete minutos para o final da primeira etapa. Foram 11 cartões na partida toda. O gol uruguaio logo no começo foi dos mais previsíveis. Bola parada, jogo aéreo, jogada ensaiada, contra um time baixinho. Forlán bateu a falta, Cáceres escorou, e Pérez empurrou para o gol depois do rebote de Romero.

O empate argentino não tardou. Messi, jogando de forma muito parecida com a de outras temporadas no Barcelona, achou Higuaín na área com um belo passe.

Foi a terceira assistência do melhor do mundo no torneio - líder no fundamento. Messi tornou-se quase que a única saída argentina para furar a defesa uruguaia.

Os dois times tiveram gols anulados ainda na primeira etapa, que teve cabeçada do uruguaio Lugano na trave.

Se já apostava nos contra-ataques e na bola parada, o Uruguai voltou ainda mais encolhido para o segundo tempo, sem deixar de ser perigoso. A Argentina, dependente de Messi, pouco atacava pelas laterais e não aproveitava seu homem a mais. Sem Cavani, contundido, e Coates, suspenso, o técnico Oscar Tabárez ainda perdeu o zagueiro Victorino, que saiu lesionado ainda na etapa inicial - entrou Scotti. O treinador Sergio Batista colocou na metade do segundo tempo Pastore, mais veloz e incisivo pela ponta, no lugar de Di María. O clássico ficou mais aberto e com chances para os dois lados. Higuaín recebeu na área e girou rápido, chutando com força. Muslera fez grande defesa. Depois, em trama rápida, Forlán ficou na cara do gol, mas perdeu. São 11 jogos sem marcar pela Celeste. A torcida argentina pediu o "jogador do povo", e Tevez entrou no lugar de Agüero.

Aos 41min, Mascherano recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso - jogou a faixa de capitão no chão, e essa foi entregue pelo veterano Zanetti a Messi.

Com a faixa e a liderança, Messi pouco correu. Cansou. Na prorrogação, dez de cada lado, as chances foram poucas. O empate persistiu. O clássico foi para os pênaltis. E Tevez, o "mais querido", perdeu. Muslera, que defendeu o chute, foi o herói.
Por Folhapress

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Com ataque jovem e badalado, Mano exalta defesa de veteranos

 

Técnico tem evitado críticas aos defensores e cobra atacantes por mais gols e ajuda na marcação

Marcel Rizzo e Paulo Passos, enviados iG a Córdoba | 15/07/2011 07:45


Mais de uma década separam Neymar e Pato de Julio Cesar e Lúcio, respectivamente. A diferença de idade e, principalmente, a experiência em grandes competições trazem respaldo na hora das decisões. Assim pensa o técnico da seleção brasileira Mano Menezes.

Acreditando nisso, o treinador resolveu dar mais poder aos jogadores da defesa da seleção brasileira. Apesar do time ter levado dois gols na vitória sobre o Equador, na quarta, Mano Menezes evitou críticas ao setor. A estratégia do treinador é ganhar confiança dos jogadores mais experientes do time para a fase decisiva da Copa América, que começa neste domingo para o Brasil, contra o Paraguai, às 16h (horário de Brasília).

Com a entrada de Maicon, que foi pedida por Lúcio e Julio Cesar, a média de idade dos jogadores da defesa é de mais de 29 anos. O ataque formado por Neymar, Pato e Robinho têm média de 22 anos.

“O jovem ainda oscila mais na hora da decisão que os experientes. A mescla entre experientes e jovens é a medida certa. A juventude te leva a arriscar mais, não ter medo de errar, não aceitar nunca a derrota e se contrapor. Mas para isso você precisa ter um respaldo de jogadores mais experientes”, explicou Mano Menezes. Defesa é setor mais velho do time de Mano:

O processo de envelhecimento da seleção de Mano Menezes começou após a derrota para a Argentina, em novembro de 2010. No amistoso seguinte, contra a França, o técnico chamou o goleiro Julio Cesar, 31 anos, e o lateral Maicon, 29. Depois, para o jogo contra a Escócia, em março, Lucio, 33 anos, foi convocado e virou capitão.

A chegada dos veteranos, oriundos da era Dunga, expôs um choque de gerações na seleção. O comandante da seleção até ensaiou diminuir o poder do grupo dos mais velhos. A medida, entretanto, foi revista. Após os primeiros tropeços na Copa América, os empates com a Venezuela, na estreia, e com o Paraguai, na segunda rodada, Lúcio cobrou mais seriedade dos demais jogadores, o que constrangeu os mais novos no time.

Apesar de criticar o modo como o recado foi dado pelo capitão, de forma clara e aberta à imprensa, Mano Menezes acabou cedendo ao grupo de remanescentes da era Dunga. Uma prova disso foi a entrada de Maicon no lugar de Daniel Alves. “Não tiro nem deixo de tirar um jogador quando penso que a decisão deve ser essa. Não vejo como fator determinante para o Maicon ter entrado o fato dele jogar na Inter de Milão (com Julio Cesar e Lúcio)”, disse o treinador.
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terça-feira, 12 de julho de 2011

Messi agradece carinho da torcida e afirma: ‘Agora começa outra Copa’ (Postado por Erick Oliveira)

Ele passou em branco, não fez gol, mas ainda assim foi o grande destaque. Bastava aumentar um pouco o volume da televisão para ouvir os apaixonados cantos da torcida argentina, acabando com o mito de que ele não é querido no país: "Ole, ole, ole, ole, Messi... Messi".
Escolhido craque do jogo no estádio Mario Kempes após a vitória argentina sobre a Costa Rica por 3 a 0, Lionel Messi agradeceu o carinho da torcida que cantou seu nome antes, durante e depois do triunfo que colocou os hermanos nas quartas de final da Copa América. Em rápida entrevista coletiva, o camisa 10, disse que precisava do apoio.

- Agradeço ao povo de Córdoba pela maneira que nos tratou. Sentia falta desse carinho – disse Messi, autor de duas assistências para gols de Agüero e Di María.
Além do carinho, a Argentina precisava mesmo era dos três pontos e da motivação que um resultado positivo traz. E conseguiu. Agora, segundo o craque, tudo vai ser diferente.

- Nós mais do que nada precisávamos de uma vitória assim. Agora começa outra Copa – salientou o craque que, depois, passou com a cara amarrada pelos jornalistas e foi direto para o ônibus que esperava a delegação argentina.
Números impressionantes do camisa 10
Gols? Nenhum. Mas foi só nesta estatística que Lionel Messi ficou devendo - se é que pode se falar isso. Até porque o camisa 10 quase não finalizou na partida: foram só dois chutes a gol, dos 17 que deu a seleção argentina. No resto, ele deu um show. Dos três tentos da equipe, duas assistências do melhor do mundo - além de muitos passes para companheiros que desperdiçaram ótimas chances de gol, principalmente Higuaín. Messi ainda acertou incríveis 94% dos passes que tentou (65 toques precisos, com apenas quatro erros).
- Messi jogou uma tremenda partida. Hoje brilharam ele e também a equipe. As pessoas as vezes se esquecem que os adversários também jogam e esperam que tenhamos partidas fáceis, mas isso é normal. Tivemos muita personalidade e merecemos o resultado - analisou o técnico Sergio Batista, que por sua vez, não conta tanto com o carinho dos torcedores assim.
Imprensa mundial rasga elogios a Messi e Agüero
E o mundo, como de costume, se rendeu ao talento de "La Pulga". Especialmente, é claro, os jornais argentinos e catalães. No "Olé", em sua versão impressa, mais destaque para Agüero, "Kun para cima", já que ele marcou dois gols, mas no site, a manchete é com "Leo": "Messi é o Meu 10". No "Sport", da Catalunha, mais elogios ao camisa 10: "Messi devolve o sorriso à Argentina". No "Mundo Deportivo", também da cidade do clube culé, "Recital de Agüero e Messi".
Até na Inglaterra a atuação do jogador ganhou repercussão. O "The Guardian" diz que o "Brilhante messi reencontrou sua melhor forma". O "Marca", de Madri, famoso por "ser mais Real do que Barcelona", foi outro que exaltou o talento do atacante com uma manchete curiosa: "Messi ressuscita com a Argentina".

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pressionada, Argentina pega Colômbia

Do Diário do Grande ABC

Da mesma forma que o Brasil, a Argentina também entra em campo pressionada hoje. Após empate (1 a 1) com a Bolívia na estreia da Copa América, a equipe precisa derrotar a Colômbia, às 21h45 (de Brasília), em Santa Fé, para não depender de outros resultados na última rodada. O árbitro brasileiro Salvio Spínola Fagundes Filho apita o confronto.

Tudo gira em torno do meia Lionel Messi. O técnico da Argentina, Sergio Batista, analisou cuidadosamente o vídeo do empate contra a Bolívia e disse que irá mudar a maneira de o time jogar, para melhorar o desempenho do craque do Barcelona. "Não pode acontecer de estarem todos à frente de Messi, ele tem que jogar da intermediária para o gol adversário", ensinou o treinador, que fará apenas uma mudança na equipe, na lateral direita, com a entrada de Zabaleta no lugar de Rojo.

Batista mostrou irritação com a atuação diante da Bolívia. "Ficou claro que não jogamos como desejávamos ou como vínhamos fazendo nos amistosos. Então, é natural que se pense em fazer mudanças, mas não vamos fazê-las, porque estamos confiantes com essa equipe e de que essa é a forma com que vamos conseguir resultados. Vamos manter a formação, com a mudança do Zabaleta. Não gosto de mudar muito de um jogo para o outro", ressaltou Batista.

Do outro lado, o técnico da Colômbia, Hernán Darío Gómez, também mostrou preocupação com Messi, mas evitou antecipar como pretende parar o meia argentino. "Sou um homem muito respeitoso com meus colegas e com as equipes que enfrento. Por isso, só me preocupo com meu time. Se começar a pensar na Argentina, vou enlouquecer. Como vou marcar Messi, Tevez, Aguero e Dí Maria? Tenho que pensar na Colômbia", desconversou.

Mais tranquilo após a vitória sobre a Costa Rica por 1 a 0 na estreia, Gómez recomendou cautela ao time e reconheceu a força do rival. A grande preocupação é com o estilo agressivo que virou marcar registrada da equipe colombiana. "Nós temos apenas três jogadores de marcação. Os demais ficam com a bola e atacam. Temos de recuperar a posse de bola, para sermos mais dinâmicos", ensina o treinador.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Com geração dourada e futebol à la Barça, Argentina tenta dar fim a jejum (Postado por Erick Oliveira)

Primeira seleção a iniciar os treinamentos para Copa América há mais de duas semanas, a anfitriã Argentina entra na competição sedenta pelo título que não vem desde 1993. Para acabar com esse incômodo jejum de 18 anos, o técnico Sergio Batista conta com um plantel de estrelas, cuja mais brilhante é a de Lionel Messi, o apoio da apaixonada torcida e um grupo renovado também de olho em 2014. E a caminhada dos hermanos começa nesta sexta-feira, às 21h45 (de Brasília), contra a Bolívia, em La Plata, na abertura do torneio.

Clique e confira a tabela completa da Copa América 2011

Dos 23 convocados, apenas o veteraníssimo Javier Zanetti, prestes a fazer 38 anos, não teria, a princípio, idade suficiente para disputar o Mundial de 2014, no Brasil. Depois dele, o atleta mais velho é o atacante Diego Milito, que estará com 33 na próxima Copa.
Outra prova da renovação provocada por “Checho”, apelido do treinador da seleção albiceleste, é a presença de 11 jogadores comandados por ele que conquistaram a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim-2008. O seu antecessor, Diego Maradona, por exemplo, levou apenas cinco para a Copa de 2010.
Por falar no Mundial de 2010, Batista deixou 12 que disputaram a competição na África do Sul fora da atual lista, repetindo basicamente apenas os atacantes chamados por “El Pibe” na época (a única mudança foi a troca do aposentado Palermo pelo “napolitano” Lavezzi).
– Batista está cumprindo com sua palavra e o processo de renovação está em marcha – afirmou Hernan Claus, repórter do diário “Olé”.
Estilo Barcelona
Além de apostar numa geração dourada, outra ideia de Batista é montar uma equipe nos moldes do Barcelona, claro, tendo Messi como grande referência. E, de fato, o esquema é similar: três homens no meio de campo no formato de um triângulo (Mascherano, Cambiasso e Banega fazendo o que desempenham Busquets, Xavi e Iniesta na equipe espanhola) e outro trio na frente postado de forma semelhante ao time de Guardiola (Messi repetindo sua função, Lavezzi como Villa e Tevez emulando Pedro).
– Ele está tentando reproduzir o Barcelona realmente, apesar de não falar abertamente sobre isso – afirmou Aquiles Furlone, jornalista do diário espanhol “El Mundo Deportivo”, que está em Buenos Aires, praticamente, para fazer a cobertura do desempenho de Messi na competição.
O craque, por sinal, sabe da sua responsabilidade e da cobrança pela repetição do desempenho que tem no Barça, na Albiceleste.
– Espero fazer o mesmo aqui do que faço no Barcelona. É a oportunidade perfeita para demonstrar ao país que posso fazer o mesmo. Vou dar a resposta em campo – afirmou o camisa 10.
Bolívia de olho em Messi
A Bolívia, rival da estreia e cujo técnico é o argentino Gustavo Quinteros, reconhece que será difícil segurar o ímpeto da “Pulga”.
– Ele desequilibra. Não tem jeito. Mas estamos estudando a melhor forma de para-lo – confidenciou o atacante Edivaldo, brasileiro que, há poucos meses, se naturalizou boliviano para participar da Copa América.
Ex-jogador do Atlético-PR, Edivaldo deverá formar a dupla de ataque com outro conhecido: o atacante Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro.
Apesar de pouco badalados, os bolivianos, por sinal, entram no confronto com moral. Afinal, no último duelo com a Argentina, em 2009, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, sapecaram 6 a 1 nos hermanos em La Paz.
– Eles virão sedentos por vingança. Mas estamos preparados – salientou Edivaldo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cúpula do Mercosul termina com assinatura de nove acordos


Foi aprovado cronograma para criação de placa comum de veículos. Discurso de Dilma focou necessidade de medidas para conter importações.
 

Crédito: Roberto Stuckert Filho/PR   
Dilma Rousseff durante almoço no Paraguai

A cúpula do Mercosul em Assunção, no Paraguai, terminou nesta quarta-feira (29) com a assinatura de nove acordos, entre eles um cronograma de trabalho para agilizar a produção de uma placa de veículo comum do bloco regional. O objetivo é facilitar o trânsito de cidadãos pelos quatro países-membros do grupo- Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Segundo o Itamaraty, a expectativa é iniciar os trabalhos para a “harmonização das placas automotivas” do Mercosul a partir do segundo semestre deste ano. As placas serão implementadas gradualmente pela região, sem prazo para a conclusão do projeto.

Na cúpula desta quarta foi aprovado ainda o Plano Estratégico de Ação Social do Mercosul, que estabelece políticas regionais para a redução da desigualdade social. Em seu discurso na reunião do bloco regional, a presidente Dilma Rousseff citou o programa “Brasil sem Miséria”, lançado pelo governo federal em junho, como exemplo de esforço no combate à desigualdade. Dilma destacou que o Estado deve ir atrás dos necessitados para auxiliá-los, em vez de esperar que peçam ajuda.

Hoje conseguimos detectar e dar nome e sobrenome a cada um dos mais pobres. Utilizaremos os meios mais eficientes e, ao invés do Estado brasileiro ser procurado, ele passará a procurá-los. Por isso, o Plano Estratégico de Ação Social é muito importante. Contamos com liderança do presidente do Uruguai, José Mujica, para seguirmos avançando”, disse. Nesta cúpula, a presidência rotativa do Mercosul passou do Paraguai para o Uruguai, que comandará o bloco pelos próximos seis meses.

Focem
Um outro acordo firmado entre os países-membros do bloco prevê a liberação de US$ 7,03 milhões do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) para pesquisas em biotecnologia aplicada à saúde. Os recursos viabilizarão a aquisição dos equipamentos necessários ao projeto.

O Focem é constituído por contribuições anuais dos países-membros do bloco regional, principalmente de Brasil e Argentina, maiores economias do Mercosul.

‘Mercosul industrial’
Em entrevista durante a cúpula, o secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, destacou que os Estados-membros do Mercosul definiram como prioridade do bloco incrementar a aplicação dos recursos do Focem para gerar infraestrutura e tecnologia.

Segundo ele, o objetivo é criar o “Mercosul industrial”. “Chegamos à conclusão de que é preciso criar o Mercosul industrial. Trabalhar para termos produtos de valor agregado. Para isso, Argentina e Brasil vão ajudar o Paraguai a reforçar sua infraestrutura e fortalecer o Uruguai como fornecedor de serviços”, disse.

De acordo com Teixeira, os ministros de Comércio Exterior dos países-membros do Mercosul passarão a se reunir de seis em seis meses para avaliar o andamento da meta de industrializar e modernizar a produção de bens no âmbito do bloco regional.

Importações
O secretário-executivo afirmou ainda que o bloco tentará substituir importações externas pela compra de produtos dentro do Mercosul. O objetivo é evitar a entrada na região, em excesso, de produtos vendidos por países como a China. “O que ficou claro é que o bloco precisa discutir a questão de substituir importações extra-bloco por importações intra-bloco”, disse.

O discurso da presidente Dilma Rousseff teve como foco a defesa de “mecanismos comunitários” para evitar exportações que prejudiquem os países-membros do Mercosul. “Neste momento parceiros de fora buscam vender produtos que não têm mercado nos países ricos. Precisamos desenvolver mecanismos comunitários que venham a reequilibrar a situação”, afirmou.

Segundo o Itamaraty, o Brasil propôs que os países-membros do Mercosul possam aumentar em conjunto, quando de comum acordo, as tarifas de importação de produtos de nações de fora do bloco. A medida teria o objetivo de evitar a entrada de mercadorias estrangeiras que estejam afetando negativamente a indústria interna dos países sul-americanos.

Assimetrias
Também durante a cúpula foi criado um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar um plano estratégico para reduzir as assimetrias entre os Estados que integram o Mercosul. O objetivo é dar condições para que os países menores- Paraguai e Uruguai- possam se integrar de maneira competitiva no comércio regional.

“Precisamos de justiça entre nós. Brasil não tem culpa de ser grande. A assimetria se resolve convidando muitos outros para esse baile”, disse o presidente do Uruguai, José Mujica, em entrevista após a reunião.

A cúpula decidiu ainda adotar regras que favorecem o Paraguai no processo de livre trânsito de mercadorias e meios de transporte terrestre e fluvial nos territórios dos membros do Mercosul. As regras buscam facilitar o acesso e transporte de mercadorias do Paraguai, levando em conta que o país não tem litoral marítimo.

Outra medida dos países-membros do bloco foi estender até o final de 2011 o prazo para a conclusão dos trabalhos de revisão do Protocolo de Contratações Públicas. O instrumento terá a finalidade de estimular investimentos de empresas e fornecedores de países da região.

Educação
A cúpula do bloco em Assunção também transformou em permanente o Fundo de Financiamento do Setor Educacional do Mercosul, que previa contribuições para a área de educação dos países-membros por um período de quatro anos.

Em de junho de 2010, o Brasil contribuiu com US$ 679 mil. Os recursos serão utilizados em programas de intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores.

Parlamento
Os países-membros do Mercosul também aprovaram acordo para que a eleição direta dos membros do Parlamento do bloco regional seja realizada até o dia 31 de dezembro de 2014. A escolha democrática dos parlamentares foi citada pelos presidentes de Paraguai, Uruguai e Brasil como uma medida importante para a solidez do Mercosul.