sexta-feira, 1 de julho de 2011

Com geração dourada e futebol à la Barça, Argentina tenta dar fim a jejum (Postado por Erick Oliveira)

Primeira seleção a iniciar os treinamentos para Copa América há mais de duas semanas, a anfitriã Argentina entra na competição sedenta pelo título que não vem desde 1993. Para acabar com esse incômodo jejum de 18 anos, o técnico Sergio Batista conta com um plantel de estrelas, cuja mais brilhante é a de Lionel Messi, o apoio da apaixonada torcida e um grupo renovado também de olho em 2014. E a caminhada dos hermanos começa nesta sexta-feira, às 21h45 (de Brasília), contra a Bolívia, em La Plata, na abertura do torneio.

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Dos 23 convocados, apenas o veteraníssimo Javier Zanetti, prestes a fazer 38 anos, não teria, a princípio, idade suficiente para disputar o Mundial de 2014, no Brasil. Depois dele, o atleta mais velho é o atacante Diego Milito, que estará com 33 na próxima Copa.
Outra prova da renovação provocada por “Checho”, apelido do treinador da seleção albiceleste, é a presença de 11 jogadores comandados por ele que conquistaram a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim-2008. O seu antecessor, Diego Maradona, por exemplo, levou apenas cinco para a Copa de 2010.
Por falar no Mundial de 2010, Batista deixou 12 que disputaram a competição na África do Sul fora da atual lista, repetindo basicamente apenas os atacantes chamados por “El Pibe” na época (a única mudança foi a troca do aposentado Palermo pelo “napolitano” Lavezzi).
– Batista está cumprindo com sua palavra e o processo de renovação está em marcha – afirmou Hernan Claus, repórter do diário “Olé”.
Estilo Barcelona
Além de apostar numa geração dourada, outra ideia de Batista é montar uma equipe nos moldes do Barcelona, claro, tendo Messi como grande referência. E, de fato, o esquema é similar: três homens no meio de campo no formato de um triângulo (Mascherano, Cambiasso e Banega fazendo o que desempenham Busquets, Xavi e Iniesta na equipe espanhola) e outro trio na frente postado de forma semelhante ao time de Guardiola (Messi repetindo sua função, Lavezzi como Villa e Tevez emulando Pedro).
– Ele está tentando reproduzir o Barcelona realmente, apesar de não falar abertamente sobre isso – afirmou Aquiles Furlone, jornalista do diário espanhol “El Mundo Deportivo”, que está em Buenos Aires, praticamente, para fazer a cobertura do desempenho de Messi na competição.
O craque, por sinal, sabe da sua responsabilidade e da cobrança pela repetição do desempenho que tem no Barça, na Albiceleste.
– Espero fazer o mesmo aqui do que faço no Barcelona. É a oportunidade perfeita para demonstrar ao país que posso fazer o mesmo. Vou dar a resposta em campo – afirmou o camisa 10.
Bolívia de olho em Messi
A Bolívia, rival da estreia e cujo técnico é o argentino Gustavo Quinteros, reconhece que será difícil segurar o ímpeto da “Pulga”.
– Ele desequilibra. Não tem jeito. Mas estamos estudando a melhor forma de para-lo – confidenciou o atacante Edivaldo, brasileiro que, há poucos meses, se naturalizou boliviano para participar da Copa América.
Ex-jogador do Atlético-PR, Edivaldo deverá formar a dupla de ataque com outro conhecido: o atacante Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro.
Apesar de pouco badalados, os bolivianos, por sinal, entram no confronto com moral. Afinal, no último duelo com a Argentina, em 2009, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, sapecaram 6 a 1 nos hermanos em La Paz.
– Eles virão sedentos por vingança. Mas estamos preparados – salientou Edivaldo.

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