domingo, 11 de outubro de 2009

"Clarin", Jornal argentino, no Painel do Paim

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sábado, 5 de setembro de 2009

Contra Maradona, Dunga tenta revidar Copa de 90

PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Rosário

Em 1990, na Copa do Mundo da Itália, Maradona foi o grande responsável por fazer o então volante Dunga batizar um momento tenebroso da história da seleção brasileira.

Hoje, em Rosário, pelas eliminatórias para a Copa de 2010, o agora técnico tem uma chance única de revanche.

Se a sua equipe vencer na casa da arquirrival, a Argentina estará muito perto de fazer da "era Maradona" como treinador um dos capítulos mais nebulosos de sua história.

Realidade semelhante à que enfrentaram os brasileiros há 19 anos, quando Maradona passou como quis por Dunga e lançou Caniggia, que marcou o gol da eliminação do Brasil.

A queda argentina não ficará marcada apelas pela situação delicada no classificatório --pode terminar a rodada fora da zona de classificação, com só três partidas para o final.

Com Maradona, a seleção argentina levou seis gols da Bolívia, só somou pontos nas eliminatórias em casa e é hoje apenas a oitava colocada no ranking da Fifa. Se seguir assim, será sua pior posição ao final de uma temporada na década.

As convocações do treinador são caóticas. Em menos de um ano no emprego, já chamou mais de 50 jogadores (são 29 apenas para o jogo de hoje).

Também não foi capaz de definir um esquema tático. Já discutiu com o astro Riquelme e entrou em choque com os torcedores de Buenos Aires ao levar o jogo de hoje para Rosario.

Os jogadores brasileiros se cercam de cuidados nas declarações para não melindrar os rivais, mas ontem, já na cidade da partida, reconheceram as dificuldades dos argentinos.

"Eles estão desesperados pela vitória", afirmou o volante Felipe Melo, recentemente muito elogiado por Maradona.

O goleiro Júlio César disse que, na função de técnico, Dunga, campeão da Copa América, da Copa das Confederações e líder das eliminatórias, está muito à frente do ídolo argentino.

"Futebol é resultado, e os do Dunga são muito bons. O Dunga já é respeitado como treinador, o Maradona, ainda não. Mas, pelo jogador que ele foi, só precisa de tempo para isso."

Elano, que volta ao time titular, lembrou o triunfo argentino de 1990, que marcou seu atual chefe. "O que aconteceu em 1990 ficou para trás. Podemos fazer hoje uma nova história", declarou o meia.

Além da oportunidade de colocar a Argentina nas cordas, o Brasil tem a chance de sair de Rosario com a vaga assegurada na Copa da África do Sul.

Para isso, além da vitória, precisa torcer por uma derrota do Equador contra a Colômbia.

Um triunfo ainda provocará fatos inéditos. Por eliminatórias, o Brasil nunca venceu a Argentina como visitante.

A conquista da vaga na Copa em um confronto direto diante do maior adversário também não aconteceu até hoje.

Se falhar, o Brasil terá uma nova chance de se garantir no Mundial na próxima quarta-feira, quando recebe o Chile, hoje o vice-líder, em Salvador, no novo estádio do Pituaçu.

Ingressos

O público-alvo era mais modesto, mas a venda de ingressos populares para o jogo foi muito mais calma do que a das entradas mais caras. Os 16.500 bilhetes de arquibancadas (a R$ 25 cada um) acabaram em seis horas.

A venda foi bem organizada, e as bilheterias abriram até uma hora antes do previsto. A polícia separava os torcedores em pequenos grupos para evitar aglomerações e nenhum incidente grave foi registrado.

Os cambistas, porém, já entraram em ação e pediam até R$ 1.000 por uma entrada.

ARGENTINA
Andújar; Zanetti, Sebá, Otamendi e Heinze; Mascherano, Verón, Maxi Rodríguez e Dátolo; Carlitos Tevez e Messi.
Técnico: Diego Maradona

BRASIL
Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Técnico: Dunga

Local: estádio Gigante de Arroyto, em Rosario
Horário: 21h30 (de Brasília)
Juiz: Óscar Ruiz (COL)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Messi será o jogador mais bem pago do planeta

Da AFP
Em Barcelona (ESP)
AFP

Messi deve passar Cristiano Ronaldo, Kaká e Ibrahimovic com maior salário do futebol
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O meia argentino Lionel Messi, do Barcelona, será o jogador mais bem pago do planeta, informa o jornal esportivo espanhol Marca. O jogador deve renovar seu contrato e passar a ocupar o lugar de atleta com o maior salário da atualidade.

"Messi receberá tanto quanto Ibra" (o sueco Zlatan Ibrahimovic), o clube "elevará a oferta de renovação".

"O clube e o jogador assinarão uma ampliação até 2016. O jogador verá cumprida a promessa da diretoria de não ficar abaixo de ninguém", destaca outro jornal, La Vanguardia.

O Marca afirma que com o novo contrato, Messi vai superar o brasileiro Kaká e o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, já que receberá 10 milhões de euros líquidos por temporada, com possibilidade de chegar a 12,5 milhões.

Cristiano Ronaldo - a contratação mais cara da história do futebol -, Kaká e Ibrahimovic recebem nove milhões de euros cada um.
UOL Celular

sábado, 25 de julho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Néstor Kirchner, grande derrotado nas legislativas argentinas

BUENOS AIRES, Argentina, 29 Jun 2009 (AFP) - O ex-presidente e deputado eleito Néstor Kirchner (2003/2007) foi o grande derrotado nas legislativas de domingo na Argentina, vencido pelo magnata liberal Francisco De Narváez na província de Buenos Aires, distrito mais importante do país, com quase 40% dos eleitores.

"Sou um democrata por excelência. Eu disse que ganharia por um voto ou perderia por um voto", disse Kirchner, visivelmente abatido, um dia depois da derrota, ao anunciar sua "renúncia indeclinável" da liderança do Partido Justicialista (peronista).

"Ouvimos sempre os resultados políticos", declarou o ex-presidente peronista progressista, que apostou tudo e perdeu na legislativa de domingo.

Kirchner, 59 anos, se candidatou a deputado no distrito-chave para apoiar sua mulher, a presidente Cristina Kirchner, e classificou o pleito como um plebiscito para medir a popularidade de seu governo.

O ex-presidente obteve 32,1% dos votos, dois pontos e meio a menos que os 34,5% de seu principal rival, apuradas 96,6% das urnas do distrito portenho.

Mas, sem deixar de lado o estilo provocador, Kirchner disse "já estar a caminho para retomar a iniciativa" e prometeu "trabalhar para voltar a ser uma alternativa clara em 2011", nas próximas eleições presidenciais argentinas.

O ex-líder do peronismo pôs em jogo nesta eleições todo o seu capital político para manter o poder no histórico bastião do peronismo, onde surgiram oponentes dentro do próprio partido.

O próprio De Narváez é um dissidente peronista que apoiou as políticas neoliberais do ex-presidente Carlos Menem (1989/99) e se aliou nestas legislativas ao prefeito da capital, Mauricio Macri.
UOL Celular

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Argentina negocia compra de 20 aviões da Embraer por cerca de US$ 650 mi

Marcio Resende

Em Buenos Aires
Em tempos de queda da demanda internacional por aviões da Embraer, os governos de Brasil e Argentina podem anunciar nesta quinta-feira, dia 23, durante a visita do presidente Lula a Buenos Aires, o avanço nas negociações para a compra de 20 aviões da Embraer por parte da Aerolineas Argentinas, por cerca de US$ 650 milhões.

Além dos aviões brasileiros, o investimento também sairá do país: o empréstimo para o negócio deve ser feito pelo BNDES. Segundo o UOL apurou, o acordo está praticamente fechado.

"Quase com certeza haverá algum anúncio nesse sentido. Estamos na letra miúda do contrato. Esperamos anunciar esse acordo com a visita de Lula na quinta-feira. Vamos ver se dá tempo", antecipou ao UOL o secretário de Transporte da Argentina, Ricardo Jaime.

O acordo requer uma engenharia financeira e jurídica especial porque envolve questões para além de um simples contrato de compra. Mesmo que o contrato propriamente dito não seja ainda assinado, haveria uma declaração presidencial conjunta cuja venda dos aviões da Embraer para a Aerolineas é o principal e mais tangível dos pontos.

Os 20 aviões Embraer modelos 190 e 195 são parte do primeiro plano de renovação desde 1980 da frota da reestatizada Aerolineas Argentinas, desmantelada e carente de aviões próprios.

Contrapartidas
Uma das contrapartidas para a compra é que a empresa brasileira administre a Área de Material de Córdoba (AMC), onde fará a manutenção das aeronaves e onde também funcionará um equipamento de simulação de voos para treinamento de pilotos.

No também reestatizado centro de aviação de Córdoba, o governo argentino pretende dar impulso à produção de equipamentos civis e militares para a qual a Embraer pode tornar-se um parceiro estratégico.

Outra contrapartida é o crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dos cerca de US$ 650 milhões previstos pelo total da compra, 85% serão financiados pelo BNDES. O presidente do Banco, Luciano Coutinho, estará em Buenos Aires durante a visita de Lula.

Modelos aposentados
Os aviões brasileiros vão substituir os antigos Boeing 737-200 e 737-500 da Aerolineas. Só devem ser incorporados à frota no começo do ano que vem, mas devido à urgência argentina e à queda do volume de produção da Embraer para outros clientes internacionais, algumas aeronaves poderiam ser entregues aos argentinos no segundo semestre de 2009. Os argentinos querem uma primeira entrega antes do dia 28 de junho, quando haverá eleições legislativas no país.

"Estamos trabalhando nos preços e nos tempos. O contrato de um modo geral está pronto, mas sempre a letra miúda requer uma negociação mais fina", explicou Ricardo Jaime ao UOL. "Mas daria tempo para um anúncio", acredita.

No último dia 13, o ministro do Planejamento, Julio de Vido, o Secretário de Transportes, Ricardo Jaime, e o gerente da Aerolíneas, Julio Alak, estiveram na sede da Embraer em São José dos Campos.

Com os jatos de menor porte da Embraer, a companhia argentina poderia voar para cidades pequenas e atender com mais eficácia e menor custo destinos atualmente desatendidos, além de passar a ter voos diários e diretos a todas as províncias argentinas.

"Estamos falando de aviões Embraer 190 e 195 com autonomia regional. Para longos trajetos, estamos comprando Airbus 340. A Embraer não tem aviões para longas distâncias. Enquanto o Airbus 340 tem quase 400 assentos, os da Embraer têm lugar para até cerca de 120 passageiros", comparou Jaime.

Segundo o governo argentino, a vantagem dos aviões da Embraer é que são mais confortáveis e modernos, além de consumirem 30% a menos em combustível do que outros jatos do mesmo porte.

Negociação antiga
A negociação para a compra de aviões da Embraer e para a administração do centro de aviação em Córdoba já dura dois anos. Ganhou mais fôlego a partir da reestatização da Aerolineas Argentinas no passado. E chega num contexto de crise financeira internacional que fez cair as encomendas de aviões da Embraer e provocaram, consequentemente, demissões em massa na companhia brasileira.

Tanto a Aerolineas Argentinas quanto a Área de Material de Córdoba foram privatizadas nos anos 90. A Aerolineas passou primeiro para as mãos dos espanhóis da Iberia (1991) e depois para a Marsans (2001). Aculumou dívidas exorbitantes, abandonou destinos internacionais, perdeu aviões próprios, acumulou atrasos e cancelamentos constantes de voos e fama de mau serviço.

Já o centro para a fabricação e manutenção de aviões situado na capital homônima da província de Córdoba deixou as mãos das Forças Armadas em 1995, passou à concessão da norte-americana Lockheed Martin, mas voltou a ser estatizado. O governo argentino quer recuperar o antigo prestígio do centro com a Embraer como parceira.