sexta-feira, 29 de julho de 2011

Presidente da Argentina chega ao Planalto para encontro com Dilma (Postado por Erick Oliveira)

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou por volta de 11h40 desta sexta-feira (29) ao Palácio do Planalto para o encontro com a presidente Dilma Rousseff. A conversa reservada entre as presidentes é o primeiro compromisso de uma extensa agenda que inclui almoço no Palácio do Itamaraty e inauguração da nova sede da embaixada argentina na capital federal.
A Argentina foi o primeiro país visitado por Dilma após assumir a Presidência da República. O encontro ocorreu em 31 de janeiro e marcou a primeira conversa bilateral entre as duas presidentes.
Durante a passagem de Cristina por Brasília, questões comerciais entre Brasil e Argentina, como as barreiras argentinas a produtos brasileiros, ficarão em segundo plano. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Dilma e Cristina irão conversar mais sobre as relações diplomáticas entre os dois países.
“Questões comerciais encontram-se nos seus canais habituais já consolidados no diálogo que mantém o ministro [do Desenvolvimento] Fernando Pimentel com a ministra [da Indústria da Argentina] Débora Giorgi”, disse Patriota.
Patriota minimizou atritos comerciais entre Brasil e Argentina. “Quando você tem uma relação comercial intensa, é natural que surjam situações que exigem atenção. É assim que acontece com qualquer relacionamento comercial bilateral da importância desta importância que temos com a Argentina”, disse o ministro.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. Em 2010, o comércio entre as duas nações chegou a US$ 33 bilhões. O comércio de bens industrializados representa mais de 80% do intercâmbio. Na primeira metade de 2011, o volume do comércio cresceu 27% em relação a igual período de 2010, segundo dados do governo brasileiro.
Além do encontro reservado no Planalto, estão previstas uma declaração à imprensa e um almoço. No encontro, será instalado o Conselho Empresarial Brasil-Argentina, criado por ocasião da visita de Dilma à Argentina, em janeiro. O Conselho tem a missão de aproximar as comunidades de negócios dos dois países para debater questões como competitividade, desenvolvimento científico e tecnológico e estratégias comuns de inserção nos mercados internacionais.
Dilma e Cristina participaram juntas nesta quinta-feira (28) dos eventos de posse do presidente do Peru, Ollanta Humala, em Lima. No encontro bilateral no Brasil, não há previsão de assinatura de acordos entre as duas chefes de Estado.
Segundo o Itamaraty, será divulgado apenas um comunicado conjunto semelhante ao adotado na visita de Buenos Aires, que deve incluir uma avaliação dos passos tomados em uma série de áreas de cooperação bilateral, como espacial, nuclear, financeira e coordenação dentro do G20 – grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo.
À tarde, Cristina inaugura a nova sede da embaixada argentina em Brasília. O evento terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a presidente Dilma não confirmou a participação.

domingo, 17 de julho de 2011

Em clássico dramático, Uruguai elimina Argentina nos pênaltis

Foto: Getty Images/Divulgação JA
Em clássico dramático, Uruguai elimina Argentina nos pênaltis
Muslera defendeu pênalti cobrado por Carlitos Tevez
Honrando as tradições de Argentina x Uruguai, o clássico mais antigo e mais comum na Copa América, os vizinhos do rio da Prata fizeram hoje um duelo viril e tenso, que terminou pior para os anfitriões argentinos. Em uma noite em Santa Fé na qual Messi mostrou seu talento, foi caçado, cansou e perdeu gol no fim, o Uruguai venceu a Argentina nos pênaltis por 5 a 4 após empate por 1 a 1 e vai encarar o Peru.

Só no primeiro tempo, foram cinco cartões amarelos, quatro para o Uruguai, dois deles para o volante Diego Pérez, que abriu o placar logo aos 5min e foi expulso faltando sete minutos para o final da primeira etapa. Foram 11 cartões na partida toda. O gol uruguaio logo no começo foi dos mais previsíveis. Bola parada, jogo aéreo, jogada ensaiada, contra um time baixinho. Forlán bateu a falta, Cáceres escorou, e Pérez empurrou para o gol depois do rebote de Romero.

O empate argentino não tardou. Messi, jogando de forma muito parecida com a de outras temporadas no Barcelona, achou Higuaín na área com um belo passe.

Foi a terceira assistência do melhor do mundo no torneio - líder no fundamento. Messi tornou-se quase que a única saída argentina para furar a defesa uruguaia.

Os dois times tiveram gols anulados ainda na primeira etapa, que teve cabeçada do uruguaio Lugano na trave.

Se já apostava nos contra-ataques e na bola parada, o Uruguai voltou ainda mais encolhido para o segundo tempo, sem deixar de ser perigoso. A Argentina, dependente de Messi, pouco atacava pelas laterais e não aproveitava seu homem a mais. Sem Cavani, contundido, e Coates, suspenso, o técnico Oscar Tabárez ainda perdeu o zagueiro Victorino, que saiu lesionado ainda na etapa inicial - entrou Scotti. O treinador Sergio Batista colocou na metade do segundo tempo Pastore, mais veloz e incisivo pela ponta, no lugar de Di María. O clássico ficou mais aberto e com chances para os dois lados. Higuaín recebeu na área e girou rápido, chutando com força. Muslera fez grande defesa. Depois, em trama rápida, Forlán ficou na cara do gol, mas perdeu. São 11 jogos sem marcar pela Celeste. A torcida argentina pediu o "jogador do povo", e Tevez entrou no lugar de Agüero.

Aos 41min, Mascherano recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso - jogou a faixa de capitão no chão, e essa foi entregue pelo veterano Zanetti a Messi.

Com a faixa e a liderança, Messi pouco correu. Cansou. Na prorrogação, dez de cada lado, as chances foram poucas. O empate persistiu. O clássico foi para os pênaltis. E Tevez, o "mais querido", perdeu. Muslera, que defendeu o chute, foi o herói.
Por Folhapress

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Com ataque jovem e badalado, Mano exalta defesa de veteranos

 

Técnico tem evitado críticas aos defensores e cobra atacantes por mais gols e ajuda na marcação

Marcel Rizzo e Paulo Passos, enviados iG a Córdoba | 15/07/2011 07:45


Mais de uma década separam Neymar e Pato de Julio Cesar e Lúcio, respectivamente. A diferença de idade e, principalmente, a experiência em grandes competições trazem respaldo na hora das decisões. Assim pensa o técnico da seleção brasileira Mano Menezes.

Acreditando nisso, o treinador resolveu dar mais poder aos jogadores da defesa da seleção brasileira. Apesar do time ter levado dois gols na vitória sobre o Equador, na quarta, Mano Menezes evitou críticas ao setor. A estratégia do treinador é ganhar confiança dos jogadores mais experientes do time para a fase decisiva da Copa América, que começa neste domingo para o Brasil, contra o Paraguai, às 16h (horário de Brasília).

Com a entrada de Maicon, que foi pedida por Lúcio e Julio Cesar, a média de idade dos jogadores da defesa é de mais de 29 anos. O ataque formado por Neymar, Pato e Robinho têm média de 22 anos.

“O jovem ainda oscila mais na hora da decisão que os experientes. A mescla entre experientes e jovens é a medida certa. A juventude te leva a arriscar mais, não ter medo de errar, não aceitar nunca a derrota e se contrapor. Mas para isso você precisa ter um respaldo de jogadores mais experientes”, explicou Mano Menezes. Defesa é setor mais velho do time de Mano:

O processo de envelhecimento da seleção de Mano Menezes começou após a derrota para a Argentina, em novembro de 2010. No amistoso seguinte, contra a França, o técnico chamou o goleiro Julio Cesar, 31 anos, e o lateral Maicon, 29. Depois, para o jogo contra a Escócia, em março, Lucio, 33 anos, foi convocado e virou capitão.

A chegada dos veteranos, oriundos da era Dunga, expôs um choque de gerações na seleção. O comandante da seleção até ensaiou diminuir o poder do grupo dos mais velhos. A medida, entretanto, foi revista. Após os primeiros tropeços na Copa América, os empates com a Venezuela, na estreia, e com o Paraguai, na segunda rodada, Lúcio cobrou mais seriedade dos demais jogadores, o que constrangeu os mais novos no time.

Apesar de criticar o modo como o recado foi dado pelo capitão, de forma clara e aberta à imprensa, Mano Menezes acabou cedendo ao grupo de remanescentes da era Dunga. Uma prova disso foi a entrada de Maicon no lugar de Daniel Alves. “Não tiro nem deixo de tirar um jogador quando penso que a decisão deve ser essa. Não vejo como fator determinante para o Maicon ter entrado o fato dele jogar na Inter de Milão (com Julio Cesar e Lúcio)”, disse o treinador.
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terça-feira, 12 de julho de 2011

Messi agradece carinho da torcida e afirma: ‘Agora começa outra Copa’ (Postado por Erick Oliveira)

Ele passou em branco, não fez gol, mas ainda assim foi o grande destaque. Bastava aumentar um pouco o volume da televisão para ouvir os apaixonados cantos da torcida argentina, acabando com o mito de que ele não é querido no país: "Ole, ole, ole, ole, Messi... Messi".
Escolhido craque do jogo no estádio Mario Kempes após a vitória argentina sobre a Costa Rica por 3 a 0, Lionel Messi agradeceu o carinho da torcida que cantou seu nome antes, durante e depois do triunfo que colocou os hermanos nas quartas de final da Copa América. Em rápida entrevista coletiva, o camisa 10, disse que precisava do apoio.

- Agradeço ao povo de Córdoba pela maneira que nos tratou. Sentia falta desse carinho – disse Messi, autor de duas assistências para gols de Agüero e Di María.
Além do carinho, a Argentina precisava mesmo era dos três pontos e da motivação que um resultado positivo traz. E conseguiu. Agora, segundo o craque, tudo vai ser diferente.

- Nós mais do que nada precisávamos de uma vitória assim. Agora começa outra Copa – salientou o craque que, depois, passou com a cara amarrada pelos jornalistas e foi direto para o ônibus que esperava a delegação argentina.
Números impressionantes do camisa 10
Gols? Nenhum. Mas foi só nesta estatística que Lionel Messi ficou devendo - se é que pode se falar isso. Até porque o camisa 10 quase não finalizou na partida: foram só dois chutes a gol, dos 17 que deu a seleção argentina. No resto, ele deu um show. Dos três tentos da equipe, duas assistências do melhor do mundo - além de muitos passes para companheiros que desperdiçaram ótimas chances de gol, principalmente Higuaín. Messi ainda acertou incríveis 94% dos passes que tentou (65 toques precisos, com apenas quatro erros).
- Messi jogou uma tremenda partida. Hoje brilharam ele e também a equipe. As pessoas as vezes se esquecem que os adversários também jogam e esperam que tenhamos partidas fáceis, mas isso é normal. Tivemos muita personalidade e merecemos o resultado - analisou o técnico Sergio Batista, que por sua vez, não conta tanto com o carinho dos torcedores assim.
Imprensa mundial rasga elogios a Messi e Agüero
E o mundo, como de costume, se rendeu ao talento de "La Pulga". Especialmente, é claro, os jornais argentinos e catalães. No "Olé", em sua versão impressa, mais destaque para Agüero, "Kun para cima", já que ele marcou dois gols, mas no site, a manchete é com "Leo": "Messi é o Meu 10". No "Sport", da Catalunha, mais elogios ao camisa 10: "Messi devolve o sorriso à Argentina". No "Mundo Deportivo", também da cidade do clube culé, "Recital de Agüero e Messi".
Até na Inglaterra a atuação do jogador ganhou repercussão. O "The Guardian" diz que o "Brilhante messi reencontrou sua melhor forma". O "Marca", de Madri, famoso por "ser mais Real do que Barcelona", foi outro que exaltou o talento do atacante com uma manchete curiosa: "Messi ressuscita com a Argentina".

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pressionada, Argentina pega Colômbia

Do Diário do Grande ABC

Da mesma forma que o Brasil, a Argentina também entra em campo pressionada hoje. Após empate (1 a 1) com a Bolívia na estreia da Copa América, a equipe precisa derrotar a Colômbia, às 21h45 (de Brasília), em Santa Fé, para não depender de outros resultados na última rodada. O árbitro brasileiro Salvio Spínola Fagundes Filho apita o confronto.

Tudo gira em torno do meia Lionel Messi. O técnico da Argentina, Sergio Batista, analisou cuidadosamente o vídeo do empate contra a Bolívia e disse que irá mudar a maneira de o time jogar, para melhorar o desempenho do craque do Barcelona. "Não pode acontecer de estarem todos à frente de Messi, ele tem que jogar da intermediária para o gol adversário", ensinou o treinador, que fará apenas uma mudança na equipe, na lateral direita, com a entrada de Zabaleta no lugar de Rojo.

Batista mostrou irritação com a atuação diante da Bolívia. "Ficou claro que não jogamos como desejávamos ou como vínhamos fazendo nos amistosos. Então, é natural que se pense em fazer mudanças, mas não vamos fazê-las, porque estamos confiantes com essa equipe e de que essa é a forma com que vamos conseguir resultados. Vamos manter a formação, com a mudança do Zabaleta. Não gosto de mudar muito de um jogo para o outro", ressaltou Batista.

Do outro lado, o técnico da Colômbia, Hernán Darío Gómez, também mostrou preocupação com Messi, mas evitou antecipar como pretende parar o meia argentino. "Sou um homem muito respeitoso com meus colegas e com as equipes que enfrento. Por isso, só me preocupo com meu time. Se começar a pensar na Argentina, vou enlouquecer. Como vou marcar Messi, Tevez, Aguero e Dí Maria? Tenho que pensar na Colômbia", desconversou.

Mais tranquilo após a vitória sobre a Costa Rica por 1 a 0 na estreia, Gómez recomendou cautela ao time e reconheceu a força do rival. A grande preocupação é com o estilo agressivo que virou marcar registrada da equipe colombiana. "Nós temos apenas três jogadores de marcação. Os demais ficam com a bola e atacam. Temos de recuperar a posse de bola, para sermos mais dinâmicos", ensina o treinador.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Com geração dourada e futebol à la Barça, Argentina tenta dar fim a jejum (Postado por Erick Oliveira)

Primeira seleção a iniciar os treinamentos para Copa América há mais de duas semanas, a anfitriã Argentina entra na competição sedenta pelo título que não vem desde 1993. Para acabar com esse incômodo jejum de 18 anos, o técnico Sergio Batista conta com um plantel de estrelas, cuja mais brilhante é a de Lionel Messi, o apoio da apaixonada torcida e um grupo renovado também de olho em 2014. E a caminhada dos hermanos começa nesta sexta-feira, às 21h45 (de Brasília), contra a Bolívia, em La Plata, na abertura do torneio.

Clique e confira a tabela completa da Copa América 2011

Dos 23 convocados, apenas o veteraníssimo Javier Zanetti, prestes a fazer 38 anos, não teria, a princípio, idade suficiente para disputar o Mundial de 2014, no Brasil. Depois dele, o atleta mais velho é o atacante Diego Milito, que estará com 33 na próxima Copa.
Outra prova da renovação provocada por “Checho”, apelido do treinador da seleção albiceleste, é a presença de 11 jogadores comandados por ele que conquistaram a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim-2008. O seu antecessor, Diego Maradona, por exemplo, levou apenas cinco para a Copa de 2010.
Por falar no Mundial de 2010, Batista deixou 12 que disputaram a competição na África do Sul fora da atual lista, repetindo basicamente apenas os atacantes chamados por “El Pibe” na época (a única mudança foi a troca do aposentado Palermo pelo “napolitano” Lavezzi).
– Batista está cumprindo com sua palavra e o processo de renovação está em marcha – afirmou Hernan Claus, repórter do diário “Olé”.
Estilo Barcelona
Além de apostar numa geração dourada, outra ideia de Batista é montar uma equipe nos moldes do Barcelona, claro, tendo Messi como grande referência. E, de fato, o esquema é similar: três homens no meio de campo no formato de um triângulo (Mascherano, Cambiasso e Banega fazendo o que desempenham Busquets, Xavi e Iniesta na equipe espanhola) e outro trio na frente postado de forma semelhante ao time de Guardiola (Messi repetindo sua função, Lavezzi como Villa e Tevez emulando Pedro).
– Ele está tentando reproduzir o Barcelona realmente, apesar de não falar abertamente sobre isso – afirmou Aquiles Furlone, jornalista do diário espanhol “El Mundo Deportivo”, que está em Buenos Aires, praticamente, para fazer a cobertura do desempenho de Messi na competição.
O craque, por sinal, sabe da sua responsabilidade e da cobrança pela repetição do desempenho que tem no Barça, na Albiceleste.
– Espero fazer o mesmo aqui do que faço no Barcelona. É a oportunidade perfeita para demonstrar ao país que posso fazer o mesmo. Vou dar a resposta em campo – afirmou o camisa 10.
Bolívia de olho em Messi
A Bolívia, rival da estreia e cujo técnico é o argentino Gustavo Quinteros, reconhece que será difícil segurar o ímpeto da “Pulga”.
– Ele desequilibra. Não tem jeito. Mas estamos estudando a melhor forma de para-lo – confidenciou o atacante Edivaldo, brasileiro que, há poucos meses, se naturalizou boliviano para participar da Copa América.
Ex-jogador do Atlético-PR, Edivaldo deverá formar a dupla de ataque com outro conhecido: o atacante Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro.
Apesar de pouco badalados, os bolivianos, por sinal, entram no confronto com moral. Afinal, no último duelo com a Argentina, em 2009, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, sapecaram 6 a 1 nos hermanos em La Paz.
– Eles virão sedentos por vingança. Mas estamos preparados – salientou Edivaldo.